quinta-feira, 21 de março de 2013

Discernimento


Precisamos discernir nossa época. Compreender que somos fisgados por nossas necessidades e desejos. Porque toda época tem sua engenharia de alienação que tenta responder à necessidade de um novo mundo, melhor e mais justo. Contudo, o desejo pode ser manipulado por aparentes soluções que nada resolvem, a não ser nosso desejo de ostentar nossa participação na mudança do mundo, que, no fundo, pouco sabemos do que se trata. A questão é que gente sincera pensa que só se manipula idiotas, mas, eis o engodo: idiotas pouco convencem, é de gente sincera, honesta e bem intencionada que se busca. Por isso reafirmo, precisamos, sobretudo, de discernimento.


© Lucas Nascimento

sábado, 9 de março de 2013

Entre o sim e o não


O mundo pulsa o caos e a beleza. Temos razões para sermos tristes de morrer e alegres de viver. É possível ver indícios de que podemos ter um mundo completamente novo e fulgurante, onde as pessoas se amem, onde haja para todos vida digna, emprego e empresas comprometidas com a vida e todos concentrados na felicidade do próximo; haja direito e acesso à saúde, que pessoas sejam assistidas em suas necessidades básicas à manutenção da vida minimamente saudável. Mas também é fácil ver um mundo com fortes cenas de desgraça e destruição, onde pessoas vivem a miséria simplesmente porque nós não nos importamos, ou mesmo, porque inventamos motivos gananciosos para fazermos guerra. É visível um mundo onde reina a maldade desumana, a corrupção com seu poder corrosivo, as opressões múltiplas, as incontingentes catástrofes e desgraças mil.
O mundo é como o pendular do sino que tine, indo do sim ao não e voltando do não ao sim, com suas fortes badaladas. O sim alimenta o coração dos otimistas que veem sempre um mundo ideal, acreditam que nós, seres humanos, por meio da ciência e da tecnologia conseguiremos criar um mundo novo se apenas eliminarmos alguns males que atrapalham o progresso, acreditando assim, veementemente, no potencial humano. O não nutre a cabeça dos pessimistas que acham não ser possível um mundo melhor, preveem a decadência porque somos decadentes, ou seja, por acreditarem que o homem é, por natureza, mal, destruindo rapidamente o que consegue fazer de bom.
Contra a lógica dos que ficam surdos pelas badaladas que a lingueta do sino faz, eu prefiro ficar com o som que ecoa enquanto a lingueta faz seu percurso entre um extremo e outro, digo, enquanto o sino ecoa sua melodia despertante. Entre pessimistas e otimistas, prefiro ser o esperançoso, e a esperança é o que deve nos mover para o amanhã, a esperança é um lugar onde precisamos habitar, é o espaço do bom senso, pois ela não nos cega para as circunstâncias ao redor, nos faz ver o que precisa ser visto sem nos deixar conformar. A esperança não nos deixa cair na ilusão eufórica de quem quer construir um mundo novo a qualquer custo sem perceber que está destruindo o mundo real.
Fico do lado daqueles que sabem que podem mudar o mundo mudando a si mesmos, pois compreendem que cada ser humano é um mundo. Assim, sabendo que também precisam ser ajudados, põem-se à disposição para ajudar os enlutados, os famintos, os desabrigados, os que sofrem injustiça e mesmo os que são felizes, ou seja, não negam ajuda ao semelhante. Na verdade, fico do lado daqueles que amam, não os que amam os seus nobres ou revolucionários ideais, mas dos que amam pessoas e sabem que tanto o mundo de hoje como o de amanhã são feitos de gente como a gente. Posso tentar traduzir em melodia esse anúncio de amor: “É preciso amar as pessoas / Como se não houvesse amanhã” (Legião Urbana, “Pais e Filhos”). Talvez o amor seja a melhor harmonização entre o sim e o não do mundo, amar assim já seria uma boa possibilidade de um verdadeiro mundo novo. Eis a esperança pulsante.

©Lucas Nascimento
Crônica com Música, 25 de fevereiro, 2013

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Depende de nossa esperança


Depende de nossa esperança

Esta semana conversei com alguém que dizia preferir iniciar o ano triste. Eu perguntei a ele, mas você gosta dessa sensação? Ele me respondeu de maneira muito serena: - meu caro, uma coisa é você gostar de algo, outra coisa é você gostar de optar pelo melhor. Há prazer nas duas atitudes, mas na segunda o prazer é indizível e prudente. Ele deu um leve sorriso e continuou - com o tempo e com um pouco de sabedoria a gente passa a gostar daquilo que de fato nos faz bem; não é fácil, mas com uma boa dose de esforço a gente aprende. Acredite, é preciso educar o prazer para se sentir prazer por aquilo que vale a pena viver. E essa coisa de educação dá um baita trabalho, e leva tempo.

Como eu estava bastante curioso, continuei a perguntar: mas venha cá, por que a tristeza, se você parece ter muitos motivos para iniciar o ano feliz.
- A gente tem sempre motivos tanto para se alegrar como para sentir tristeza - respondeu ele. Na alegria a gente muda pouco, a gente tende a manter, a conservar, mas a tristeza eleva o pensamento e nos impulsiona a correr atrás da mudança que precisamos ser. As maiores mudanças são forjadas na dor, pode crer - disse balançado a cabeça.

Apesar de eu não me lembrar onde tinha encontrado aquele homem, nem mesmo ter certeza se ele existiu, certamente foi a melhor conversa que tive este ano, pois tive a oportunidade de organizar meu ponto de vista sobre o assunto e de dizer que tinha iniciado o ano com uma boa indigestão e náuseas. Estava indigesto com a superficialidade, com a hipocrisia e com essa nossa capacidade de fazer as coisas flutuarem para fora do lugar.

Então, eu tinha acabado de desejar um excelente ano novo para ela e logo ouvi falar da reincidência de sua doença. A nossa cidade começa o ano com uma velha doença que a deixa raquítica há anos, além de estar sendo maltratada por tanto tempo por quem deveria dela cuidar, agora, mais uma vez, implantaram um velho câncer na garganta de nossa mãe, já não basta os tumores pelo corpo, oh Câmara! Como nossa cidade terá um ano novo se continuamos a aceitar velhas atitudes e adoecedores que mortificam e nos fazem de idiotas? Será por que gostamos de ser idiotas ou por que não sentimos a tristeza suficiente para brutalizar a mudança? Mas talvez seja tudo isso com uma boa dose de passividade e ignorância.

Tenho para mim que quando iniciamos o ano alegres demais podemos correr o risco de não nos atentarmos para aquilo que nos faz realmente tristes, infelizes e decadentes o resto dos meses. Podemos nos iludir de que nossa vida vai mudar e que seremos mais felizes, mas tenho dito que para coisas novas acontecerem “é preciso ter coragem para visitar os porões da alma e rever o que passou; olhar as fotografias de conquistas e as caricaturas de derrotas, o lixo e a bagunça que restou. É necessário, sobretudo, ter coragem para se desvencilhar e não repetir as promessas vazias, com tons de autoajuda, feitas ano a ano a si mesmo, aos outros e a Deus na ocasião do novo ano que chega. Na verdade, para se pensar a felicidade é preciso ter sangue no olho, portanto, é imprescindível ter muita coragem e desprendimento de si mesmo”, e isso nem sempre, no primeiro momento, é saboroso.

Não adianta desejarmos o melhor se insistirmos em viver uma vida mediana. A esperança de um amanhã melhor precisa ser o incomodo que nos impulsione a caminharmos coerentes com aquilo que desejamos. É por isso que gosto de traduzir esperança não como espera, mas como coragem. Pois então, como canta Ivan Lins, “Se esse mundo ainda tem jeito/ Apesar do que o homem tem feito”, “Depende de nós” (Ivan Lins, Depende de nós).  Depende de nós termos esperança, ou seja, esperança que se chama coragem para mudar.

Lucas Nascimento
Crônica com Música, 03 de Janeiro de 2013, Cidade Fm.

domingo, 11 de novembro de 2012

Chamo isso de força


Há várias formas de viver. Nesse infindável mercado do bem-viver-feliz cada um escolhe o estilo de vida que quer de acordo com o que acha que vai lhe trazer felicidade. Pois então, tenho cá me identificado com o estilo de vida dos fortes, isso mesmo: daqueles que sabem que é preciso ter força para se humilhar, que é preciso ser corajoso para chorar, que é preciso ser bravo para amar, que é preciso suportar a dor e lutar por aquilo que acha que vale a pena levar para o ali e o além; mas também, daqueles que sabem que não lhe pode faltar garra para renunciar a vida que se tem levado quando essa se esvair de um sentido mais profundo. Identifico-me com o estilo de vida daqueles que sabem que tudo pode ter sem nada possuir, daqueles que sabem que sonhos são necessários, mas não são absolutos, por isso podem ser trocados numa boa padaria; identifico-me com estilo de vida daqueles que sendo fortes não se deixam abalar se de fracos forem chamados, até porque o coeficiente de força só pode ser determinado em relação aos obstáculos que se tem de enfrentar; de minha parte, contento-me em saber que os obstáculos mais difíceis de serem vencidos são invisíveis aos olhos e, por vezes, estão dentro de nós mesmos; contento-me em ser feliz sem compromisso com o que se diz por aí ser a felicidade. Pois então, prefiro a vida dos fortes que sabem que são fracos, por isso mesmo, fazem do “negue-se a si mesmo” um dos princípios de sua caminhada, que assim caminha para além das angústias e das alegrias porque caminha com poeira nos pés sobre o solo da eternidade.

  
© Lucas Nascimento

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Alguma coisa a ver com mensalão?

Parece que temos um desejo instintivo de acreditar em pessoas imutáveis, insistimos em crer que uma vez "heroicamente" ético, o sujeito será para sempre ético. Uma vez anti-ético, para sempre mau-caráter, e assim nos cegamos para o que de fato a pessoa tem sido. É que temos a capacidade de esquecer, e a usamos nos esquecendo de que o ser humano tem aquela antiga engenhosidade de se reinventar, e, felizmente ou infelizmente, muitos se reinventam de acordo com a demanda das circunstâncias. 


© Lucas Nascimento

Mais que uma fase

"Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele" [Jesus, o Cristo]. 


Por que será, hein?

Talvez porque, mesmo e apesar de tudo, a vida nos peça entusiasmo, graça, alegria, encantamento, fascinação sincera... e isso sempre as crianças sabem nos ensinar. Contudo, nós, adultos, por tantas razões não queremos aceitar que podemos ser não mais do que crianças 'amadurecidas'. Ou seja, podemos ser grandes sem perdermos a capacidade de nos alegrar diante do simples e grandioso presente que a vida é.

Por nós e por elas: #FelizDiadaCriança

© Lucas Nascimento

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Uma questão de humildade

A gente precisa confrontar algumas atitudes equivocadas resultantes do mau discernimento de algumas noções sobre temas tantos. Como nossa sociedade ainda está sob influência direta do Cristianismo, alguns discernimentos equivocados vêm do seio da nossa religião majoritária, mas não menos de outros meios. Um desses equívocos é em relação à humildade, pois então é assim que vejo: “Humildade não é a negação da virtude. Humildade é quando você afirma a virtude, mas reconhece que você recebeu de Deus” [Ariovaldo Ramos citado por Ed René Kivitz]. “Humilde não é a pessoa que quando você diz assim: ‘você é inteligente. A pessoa diz: não, não (...), ou diz: - Nossa! Você está linda hoje. - Não, são os teus olhos. Parabéns pelo seu trabalho. – Não, foi sorte! Isso não é humildade. A humildade que a bíblia ensina para nós é dizer assim: você é inteligente. - Sou mesmo, sou mesmo, sou inteligente. Você tem um talento musical extraordinário. - Tenho sim, acima da média” [Ed René Kivitz, em mensagem "Conversando com o espelho"], e reconhece que recebeu de Deus.

Não afirmar ou confirmar o dom que se tem, bem como as conquistas e virtudes, em circunstâncias de um elogio ou algo semelhante, é uma forma de vaidade, por vezes, de negar a Graça e a bondade de Deus. Ademais isso acontece por interesse de se usar da pseudo-humildade para se mostrar superior e granjear reconhecimento, pois onde se estima quem é humilde, meramente pelo estereotipo de humildade, alimenta uma boa comunidade de hipócritas. Não é a toa que da câmara federal às igrejas mais diminutas vê-se a hipocrisia reinar.

Então, veja como o conselho do mestre galileu é atualíssimo e de aplicação ampla: “Não sereis como os hipócritas [Jesus de Nazaré, em Mateus 6]”. 


© Lucas Nascimento

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Além do Ego


Às vezes tenho a sensação de que meus sentimentos, sentidos e algo mais, que poderia chamar de o centro do meu "eu", ao dialogar com elementos do real pulam dentro de mim até de mim saírem para tocar uma fagulha do eterno, daquilo que não se pode explicar, medir ou mensurar com métodos "naturais". Chamamos isso de momento que se eterniza. Talvez isso ajude a explicar aquele gosto na alma de algo saboroso e inexprimível que, por vezes, sentimos e que a partir do nosso espaço-tempo os transcende amplamente. Isso me acena de que existe um lugar e um tempo que não é o que "vivo" na maior parte do meu tempo. Isso me diz de que meu corpo foi criado para transcender. E se todos nós vivemos sempre em busca desses momentos, isso nos diz que somos carentes de sermos envolvidos por algo maior que nós mesmos. Se somos carentes é porque nos falta, se é uma falta tão absurda que todo homem universalmente vive a busca de preenchê-la de alguma forma à sua maneira, é porque fomos criados com a presença de algo que hoje nos falta e, no máximo, a tocamos às migalhas. Mas se de alguma forma podemos tocar, isso nos diz que esse algo existe.


2012 © Lucas Nascimento




domingo, 2 de setembro de 2012

Entre o diálogo e o totalitarismo


Hoje já não tenho mais a sensação de que o mundo sempre tende ao totalitarismo, digo, o ser humano, hoje pousa em mim serenamente essa certeza. Não precisa você chegar aos cinquenta anos para descobrir isso, nem muito menos ter um doutorado em sociologia, filosofia ou em alguma área afim a essas. Até porque isso depende do ponto de vista que se assume diante da vida e depende de se ter honestidade intelectual, o que falta a muita gente. Honestidade aqui perpassa por reconhecer e saber lidar com o fato de que nossas crenças e desejos influenciam nossas opiniões e teorias, mas não apenas influenciam, por vezes, tentam manipula-las.  

A questão é que sempre o ser humano tem uma “boa causa” pela qual lutar, e como em cada época tem-se uma sociedade com hierarquização de valores minimamente diferentes, então, a cada época aparece boas causas associadas a esses valores de forma que elas são sustentadas por tais; quando não, busca-se mudar os valores sociais para que as causas sejam válidas.

Numa sociedade como a nossa em que o critério de verificação de “verdade” que deve ser socialmente obrigatória compete à Ciência, tem-se, por sua vez, esta como instrumento de muitas manobras em favor de determinadas causas, assim como o foi quando a religião tinha esse poder, ou melhor, quando se vivia em um Estado Religioso em que as Escrituras Sagradas eram “interpretadas” pela Igreja para validar determinadas ações ou aberrações, porquanto, o critério de verificação de veracidade passava apenas pela interpretação eclesiástica das escrituras, ademais pela tradição.

Para mim os dois critérios são falhos, ao que temos exemplos de totalitarismos absurdos em ambos. Não cabe aqui entrar no mérito da questão. De qualquer forma, cumpre a todos buscarmos um “discurso sensato” contra as mais diversas formas de totalitarismos, como fizeram bons pensadores nos anos de 1950 na Europa elaborando tratados para tanto. Contudo é preciso atenção para o fato de que normalmente totalitarismo não nasce como tal, surge sempre de “boas causas” evoluindo para o “politicamente correto”, até chegar o momento de lhe prenderem por você não pensar como eles. Por “não pensar como”, apenas isso.

Se o ser humano, por natureza, tende ao totalitarismo, por razões mais fortes, nós sempre tendemos a querer impor nossas teses, digo, nossos pontos de vista, ou defender a qualquer custo nossas causas, ainda mais se achamos que somos “vítimas” da opressão alheia. Porquanto, faz-se necessário tentarmos domar essa fera impulsiva dentro de nós e buscarmos a sensatez, a razoabilidade para determinadas questões. Portanto, urge buscarmos um diálogo heurístico, em que numa discussão se busca o razoável, digo, o melhor para a sociedade; em contraposição ao diálogo erístico cuja meta é embaraçar o interlocutor tendo-o meramente por adversário, não reconhecendo nada de justo no que ele defende, ou mesmo, não reconhecendo como cidadão com direitos numa sociedade democrática e pluralista.

O que temos visto crescer no Brasil é um totalitarismo sorrateiro em que um pequeno grupo da sociedade tem tentado impor seu modo de vida particular aos demais. O grupo parte do princípio da busca por justiça social, afirmando que busca os direitos negados, e na atribuição de uma “homofobia” generalizada, tem-se recorrido a métodos tantos, por vezes muito questionáveis, para conseguir o que se deseja. Entretanto os ativistas dessa causa desejam mais do que imagina a mente manipulável dos simpatizantes, de modo que aos olhos dos mais atentos tem-se percebido que eles não apenas querem os direitos sobre os quais advogavam, contudo desejam converter a sociedade ao que alguns filósofos já chamam de “gayzismo” ou “ditadura gay”. Como não poderia deixar de ser, para fazer jus aos termos, eles têm manipulado o necessário para impetrarem sua forma de governo totalitário.

Precisamos discutir e firmar cada vez mais os princípios de um pluralismo social, para isso é preciso cuidar e lutar para que o Estado, bem como as demais instâncias jurídicas e sociais, no ímpeto ou mesmo na desculpa de se fazer justiça à causa alheia, faça aberração, ferindo os princípios de uma sociedade minimamente plural, por sua vez, democrática. Precisamos ter em mente que na maioria das vezes o totalitarismo nasce, pelo menos aparentemente, de uma boa causa, razão pela qual muitos se identificam sensivelmente pela tal e outros tantos lutam alienadamente. O totalitarismo não nasce como tal, mas os mais atentos logo percebem suas garras letais, é sempre assim.

© Lucas Nascimento 


terça-feira, 24 de julho de 2012

Da amizade


Das amizades que tenho feito, descubro que nenhum dos amigos é igual ao outro, por isso sei reconhecer que tem algo lá no fundo que nos une: é aquela diferença semelhança amalgamada pelo amor chamada amizade; é aquele desejo de sermos nós sendo outro.

Amizade é divina, por tantas razões, mas, sobretudo porque nos remete ao propósito divino de que sejamos um, mesmo sendo vários; de que não fomos criados para sermos sós lançados à solidão existencial.

Se o dia do amigo é um clichê, então o reinventemos vivendo a verdade da amizade no dia-a-dia, para termos o que comemorar num dia bem intencionado como este: #FelizDiadaAmizade

Tenho razões para isso!

2012 © Lucas Nascimento

Texto publicado originalmente em www.lucasnascimento.jimdo.com em 2012